Janeiro com 45 assassinatos no Acre, Feijó tem 4,4% em porcetagem dos municipios

Chegamos ao final do mês de janeiro de
2018 e as estatísticas da violência no estado não são nada agardáveis. O
levantamento realizado pela Folha do Acre mostra
quem são as vítimas, onde cada homicídio aconteceu, e que tipo de arma
foi usada para cometar tais crimes. No total foram 45 assassinatos,
sendo que 68,9% dos casos ocorreram na capital Rio Branco.
O balanço tem como base dados oficiais
que são divulgados pelo Instituto Médico Legal (IML) e pela Polícia
Civil, e com isso é possível observar que o município de Cruzeiro do
Sul, segunda cidade mais populosa do Acre é também a segunda mais
violenta. Do início do ano até esta quarta-feira (31), foram registradas
5 execuções naquela cidade.

Brutalidade
A sociedade acreana teve um início de
ano difícil ao ver por meio das redes sociais imagens de crimes bárbaros
como o que teve como vítima a jovem Débora Freitas Bessa, que
foi decapitada a golpes de facão e enterrada numa cova rasa no final do
bairro Caladinho. O autor do homicídio foi preso e confessou contando
detalhes de como planejou e praticou o crime brutal. André Souza, 28 anos, disse que o ato foi motivado por vingança.
Em Cruzeiro do Sul, populares
encontraram duas ossadas humanas às margens do rio Juruá. Os cadáveres
estavam com os pés e as mãos amarradas por um fio e apresentavam várias
fraturas, apontando que as vítimas podem ter sido torturadas até a
morte. Os restos mortais foram identificados como sendo de Daniel Teles
Martins, 22 anos, e uma criança por nome de Vanisson dos Santos Freire,
de apenas 12 anos de idade.
Armas da morte
O levantamento da Folha do Acre também
mostra que grande parte dos assassinatos são praticados com uso de
armas de fogo, como revólveres e pistolas. No gráfico abaixo está
detalhada a porcentagem que indica que 73,3% das mortes foram
decorrentes de disparos de arma de fogo. Outros 15,6 % dos crimes foram
com armas brancas. O que chama atenção, são os decapitamentos e
espancamentos que juntos já marcam 4,4%.

Situação pode piorar
O secretário de segurança pública,
Emylson Farias, durante coletiva de imprensa na manhã da última
terça-feira (30), em Rio Branco, disse que 80% dos homicídios foram
execuções motivadas por confronto entre facções rivais que duelam o
controle pelo tráfico de drogas. Farias afirmou, ainda, que a situação
pode ficar cada vez pior e usou como exemplo o massacre na Colômbia nos
tempos de Pablo Escobar.
“O principal responsável pela questão da
segurança no estado do Acre somos nós, as forças policiais. Mas é uma
realidade que se a gente não prestar atenção, daquilo que a gente vem
dizendo há algum tempo, daqui 10, daqui 20 anos nós vamos estar muito
pior do que a Colômbia do Pablo Escobar. Não tenho dúvidas disso”, disse
o secretário.

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