TCE suspende empresa que superfatura medicamentos para Feijó e outros municipios
O Tribunal de Contas do Estado do Acre
(TCE) suspendeu à distribuição de produtos farmacêuticos da empresa
Marka LTDA para os municípios de Feijó, Tarauacá, Senador Guiomard e
Brasiléia. A acusação do órgão é de que a empresa superfaturou o valor
dos medicamentos para o município de Brasiléia.
O empresário Gilsomar Marques,
proprietário da distribuidora de produtos farmacêuticos Marka LTDA
contesta a acusação e informa que os preços estão dentro da lista de
preços de medicamentos, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). A tabela estipula os preços máximos que os produtos podem ser
comercializados, e segue determinações do Tribunal de contas da União
(TCU).
Devido a esta medida, a empresa está sem
entregar medicamentos aos municípios desde o mês de julho, o que causa
prejuízo, principalmente, a população. Desde então o estoque da Marka
não é abastecido, e segue cheio, gerando prejuízos incalculáveis para a
empresa.
Gilsomar relata que há no deposito mais
de R$ 2 milhões em medicamentos parados, e que correm o risco de serem
perdidos devido ao prazo de validade.
Em sua defesa, o empresário apresentou,
com exclusividade, notas fiscais dos produtos comprados e mostrou que
não tem como competir com os preços verificados pelo TCE. O órgão
comparou os preços dos produtos de Gilsomar, com o de licitações atuais
do Hospital das Clinicas, Secretaria de Estado de Saúde do Acre
(Sesacre) e também de prefeituras do interior.
Os preços verificados pelo TCE são
abaixo até mesmo dos preços dos produtos comprados direto da indústria.
“Por um valor tão baixo, eu acredito que estes produtos não estão sendo
entregues”, acredita o empresário.
Remédios
O remédio Albendazol suspensão, por
exemplo, é comprado em média pelo Estado por R$1,22; enquanto as notas
fiscais da indústria fornecedora do empresário apontavam o valor de R$
1,76. Mais os impostos estaduais e federais, o produto passou ao valor
de R$ 2.07 e foi licitado a R$ 3,40. “Agora me explica como eu posso
competir com isso? Como eu vou vender abaixo do que a indústria me
vende?”, indaga Gilsomar.
O empresário se diz injustiçado, e deve
apresentar a defesa ao TCE dentro de 10 dias. Caso as medidas
preventivas do TCE não sejam suspensas, Gilsomar alega que irá procurar
outros meios legais. “Se alguém tem que ser investigado são estes
empresários que estão vendendo os produtos abaixo do preço de indústria.
Porque para vender a esse preço, no mínimo eles não estão entregando os
medicamentos”
TCE
O TCE informou que a investigação teve
início, devido à empresa estar dentro do cadastro de empresas inidôneas
do Tribunal de contas da União. Foi verificada a ocorrência de fraude
comprovada à licitação, o que impede a empresa de participar de
licitação na administração pública federal. A sanção é válida até o dia
13 de novembro de 2013.
A defesa afirma que a sanção só é válida
somente à nível da administração pública federal, e que por isso não
deve se aplicar em licitações municipais.
Natan PeresFonte: jornalatribuna
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