Feijoense atingida por viatura da PM-AC durante perseguição quebrou costelas e a bacia, diz família
Talita Cordeiro estava de carona com um colega da faculdade quando foi atingida por um viatura da PM-AC, na tarde de segunda (6). Polícia perseguia um homem que estava em outra motocicleta roubada.
A estudante Talita Cardoso Cordeiro, de 27 anos, quebrou quatro costelas e a bacia após se envolver em um acidente com duas viaturas da Polícia Militar do Acre (PM-AC). Duas equipes do 4º BPM perseguiam uma pessoa, que pilotava uma moto roubada, na tarde de segunda-feira (6).
Quando estavam na Via Verde, em Rio Branco, colidiram e atingiram a
estudante, que estava em outra motocicleta com um colega da faculdade.
A polícia informou que o acidente ocorreu após o motorista da moto
roubada desobedecer a ordem de parada. O homem foi preso no local. O
comandante do 4ºBPM, tenente-coronel Giovane Galvão, confirmou que foi
foram tomadas todas as providências na hora.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e a
jovem levada para o hospital. Galvão garantiu que será prestado todo
auxílio para a estudante.
"Vou lá verificar o estado da moça. Em nenhum momento ela ficará
desassistida, porque minha instituição é comandada por pessoas sérias e
honestas. Foi periciado o local para dizer quem estava certo ou errado.
Todos os trâmites desse procedimento foram feitos, inclusive, o boletim
pela Polícia Rodoviária Federal, já que era uma rodovia federal. Todo
documento está sendo arrecadado, será levado para a corregedoria e os
procedimentos cabíveis tomados”, disse o coronel.
Ao G1,
a professora e mãe de Talita, Creuza de Almeida, de 46 anos, contou que
a jovem estava de carona a caminho da universidade, onde cursa
odontologia. A universitária está internada na observação da Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio
Branco (Huerb).
“Minha filha vai passar muito tempo internada e não tenho condições de
ajudá-la. Ela ia para a universidade e bateram nela por trás. Vai ser
prejudicada porque não tem como se levantar da cama para ir para aula.
Não é justo o que fizeram com minha filha”, lamentou.
A família é natural de Feijó, cidade a 366 quilômetros de Rio Branco, e
Talita mudou para a capital acreana há três anos para estudar. A
professora diz que a filha faz faxinas para se manter durante os
estudos. A mãe alega ainda que as viaturas não estavam com as sirenes
ligadas.
“Ligou para mim dizendo que não tinha dinheiro para comprar uns kits de
material cirúrgico. Consegui o dinheiro e mandei. Ela sacou o dinheiro,
comprou os kits e ia para aula, às 16h. A polícia vinha em alta
velocidade e colidiu contra ela. Foram imprudentes, se estavam
perseguindo alguém tinham que ligar as sirenes. Minha filha pagou um
preço que não era dela”, reclamou.
Informações G1
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