Três ex-prefeitos e seis vereadores são denunciados por fraude em licitação e organização criminosa
A denúncia do MPAC afirma que foram desviados mais de R$ 1 milhão no esquema fraudulento
Depois da operação Labor deflagrada pela Polícia Federal em setembro deste ano, que prendeu três ex-prefeitos, sendo dois de Brasileia e um de Plácido de Castro, o Ministério Público do Estado Acre (MPAC) apresentou denúncia contra os ex-gestores e vereadores. Todos são acusados de desvios de recursos públicos, fraude em licitação, corrupção e organização criminosa.De acordo com informações do promotor de Justiça Ildon Maximiano, a gestão de Everaldo Gomes realizou uma carona fraudulenta em um processo de licitação de Plácido de Castro no objetivo de contratação de uma empresa de terceirização de mão de obra.
Ainda segundo as informações do promotor Maximiano, os prefeitos Roney Firmino (PR), de Plácido de Castro, e Everaldo Gomes (PMDB), de Brasileia, acertaram a fraude na licitação e que ex-prefeito de Brasileia ganharia R$ 20 mil a título de mesada pelos ilícitos.
“O prefeito de Plácido de Castro, Roney, participava da empresa como sócio informal recebendo a repartição dos lucros. Com a carona no processo de licitação efetivado, os vereadores citados passaram a receber onze mil reais que eram distribuídos entre eles, mais ainda o pagamento à irmã do Vereador Joelso Pontes, que recebia valores como se estivesse trabalhando para a empresa, mas morava em Porto Velho”, disse o promotor.
O ex-prefeito de Brasileia, Aldemir Lopes, que é uma das principais lideranças do PMDB na região do Alto Acre também participava do esquema criminoso, segundo informações do MPAC. Em 2014, o MPAC informou na denúncia que o esquema se alterou, e a empresa passou a emitir notas fiscais superfaturadas para gestão de Everaldo Gomes realizar os pagamentos.
O promotor informou ainda que, após o esquema ser feito com notas superfaturadas, a empresa retirava o valor a mais do que o devido, os quais eram repassados a Aldemir Lopes ou pessoas em seu nome. O restante era distribuído entre Everaldo e os vereadores da base do ex-prefeito. O repasse era denominado pelos acusados de “folhinha”, que fazia parte dos esquemas de recursos superfaturados que eram divididos.
Além dos ex-prefeitos denunciados, estão o vereador Joelso Pontes (PP), ex-vereador Ivanaldo (PMDB), ex-vereador Benedito Lima Rocha, vereador Marcos Tibúrcio (PSDB), Marquinhos, ex-vereador Mario Jorge e Marivaldo da Silva (PMDB). Destes foram presos alguns vereadores e ex-parlamentares na segunda fase da Operação Labor comandada pela Polícia Federal no mês de setembro.
“A denúncia é parte do desempenho das funções constitucionais do Ministério Público. Estamos pedindo, ainda, o ressarcimento dos valores desviados a fim de que sejam revertidos em proveito do seu verdadeiro titular, que é a população de Brasileia”, considerou Maximiano.
Nesse sentido, o promotor finalizou informando que, segundo dados levantados, foram desviados mais de R$ 1 milhão no específico contrato. O juiz da Vara Criminal da Comarca de Brasileia, Clóvis Lodi, recebeu a denúncia e deverá prosseguir a citação dos acusados.
A reportagem ligou para os telefones dos vereadores e ex-vereadores que estão sendo acusados. Nenhum dos denunciados pelo Ministério Público que se encontram em liberdade atendeu as ligações. O espaço continua aberto aos acusados para as manifestações a respeito do assunto.
Com Informações do MPAC
Fonte: Contilnet
Nenhum comentário