Marcus Alexandre e mais oito pessoas são denunciados por fraude e desvio de recursos no Deracre
Ministério Público Federal do Acre (MPF-AC) acusa envolvidos de peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Desvios teriam ocorrido quando Marcus Alexandre (PT) era diretor-geral do Deracre.
O prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), e mais oito pessoas
foram denunciados pelo Ministério Público Federal no Acre (MPF-AC) por
falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro.
A ação penal, divulgada nesta quinta-feira (5), acusa os denunciados
por desvio de recursos na execução do Programa de Melhoramento de Ramais
em Cruzeiro do Sul, interior do estado.
Ao G1,
a Prefeitura de Rio Branco informou que uma nota pública com o
posicionamento do gestor municipal será emitida ainda nesta quinta.
O MPF-AC diz que Alexandre e os demais envolvidos desviaram R$ 600 mil
de cofres públicos. Segundo a denúncia, o fato aconteceu entre setembro
2007 e agosto de 2008, período em que o prefeito da capital era
diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) e
os outros acusados ocupavam cargos no órgão estadual.
Os desvios teriam acontecidos quando um contrato para fornecimento de
óleo diesel foi firmado entre o Deracre e um posto de gasolina de
Cruzeiro do Sul. De acordo com a denúncia, dos quase 320 mil litros do
produto para abastecer as máquinas, 72% não foram repassados ao destino
final e comprovantes assinados para atestar o repasse nunca foram
entregues.
Além disso, o MPF-AC ressalta que o posto de gasolina não tinha
capacidade para armazenar os mais de 300 mil litros de óleo diesel
contratados. O órgão federal destaca que, desse volume, apenas a saída
de pouco mais de 87 mil litros foi registrada no Livro de Movimentação
de Combustível (LMC) do posto. Devido a isso, os três sócios da empresa
também foram denunciados.
O Ministério Público Federal afirma ainda que autorizações de
combustíveis, medições e notas fiscais emitidas pelo Deracre e posto
eram falsas e serviam para disfarçar os desvios.
Outra ressalva é de que os serviços contratados não foram totalmente
executados, 72,61% do contrato teria sido descumprido. Para o MPF-AC, os
acusados apresentaram versões contraditórias e falsas sobre o caso.
Fonte: G1
Nenhum comentário